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Ser e estar: dois movimentos que tecem a experiência humana.

  • Foto do escritor: Plástica e Forma
    Plástica e Forma
  • 10 de nov.
  • 1 min de leitura

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Vivemos em um mundo acelerado, onde a identidade muitas vezes se confunde com o papel que desempenhamos. Socialmente, somos moldados para “ser” algo — profissional, filho, amigo, autoridade, referência. Culturalmente, somos estimulados a ocupar lugares específicos: o lugar do forte, do produtivo, do que não falha. Mas, espiritualmente, o convite é outro: não somos apenas aquilo que fazemos. Somos aquilo que permanece quando tudo o que fazemos se desfaz.


O "ser" é essência: é aquilo que existe em nós mesmo quando o cenário muda. É a consciência silenciosa que observa nossos pensamentos, emoções e ações. É o que não envelhece, não perde valor e não depende da aprovação externa.


Já o "estar" é movimento: é passagem, experiência, aprendizado. Estamos felizes, estamos cansados, estamos apaixonados, estamos em dúvida. Nada disso define quem somos de forma definitiva — apenas indica onde estamos no caminho da vida.


Quando confundimos ser com estar, nos prendemos. Achamos que somos o erro cometido, a fase difícil, o medo que sentimos. Mas quando lembramos que estamos apenas atravessando esse momento, abrimos espaço para a leveza. Reconhecemos que a vida é feita de ciclos, que a dor pode se transformar, e que cada fase revela algo que ainda não sabíamos sobre nós mesmos.


No campo espiritual, compreender essa diferença é despertar para a própria liberdade. Somos luz em constante lapidação. Somos consciência em expansão. Estamos, porém, vivendo as histórias que nos ajudam a lembrar disso.


Reencontrar o ser no meio do estar é o verdadeiro caminho de retorno para casa — não uma casa física, mas a casa interior: o centro onde a alma respira.



Instagram: @revistaplasticaeforma

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