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Quando o “Implante Hormonal” muda mais que o corpo: O que a história de Virgínia Fonseca expõe sobre a terapia hormonal.

  • Foto do escritor: Plástica e Forma
    Plástica e Forma
  • 10 de set.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 3 de out.

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Foto divulgação


Virginia Fonseca, 26 anos, voltou a agitar as redes sociais ao comentar que sua voz teria engrossado após o uso de um implante hormonal contendo testosterona e gestrinona. A influenciadora, que se prepara para estrear como rainha de bateria no Carnaval de 2026, atribuiu a alteração vocal ao uso do método, hoje já suspenso em sua rotina. 

O caso levantou uma discussão urgente: afinal, até que ponto os implantes hormonais podem modificar o corpo feminino, e o que é mito, exagero ou verdade científica? 


O que é o “Implante Hormonal” (e o que ele não é)


O médico Dr. Francisco Saracuza, especialista em terapias hormonais explica que, apesar do apelido glamouroso, o implante não tem nada de mágico. Ele é, na prática, um implante subcutâneo que libera hormônios de forma contínua por meses. A composição varia conforme a indicação médica, podendo conter testosterona, gestrinona, progesterona ou outros hormônios. 

Esse tipo de recurso é utilizado em situações específicas, como controle da endometriose, melhora dos sintomas da menopausa ou modulação de ciclos hormonais. O problema surge quando ele é prescrito fora de protocolos seguros, muitas vezes com o objetivo de ganho estético rápido. 


A voz engrossa: mito ou realidade?


A alteração da voz feminina não é apenas possível, é documentada pela ciência. Substâncias com efeito androgênico, como a testosterona e a gestrinona, atuam diretamente nas cordas vocais, promovendo espessamento e alterações na musculatura local. 

Com o tempo, essas mudanças podem tornar a voz mais grave, e em muitos casos, o efeito é irreversível. A intensidade da transformação depende de fatores como a dose, o tipo de hormônio e o tempo de exposição.


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O perigo das doses suprafisiológicas


O médico Dr. Francisco Saracuza esclarece: “O debate central não é sobre ‘implante sim ou implante não', mas sobre como ele é usado. Alterações como a voz mais grossa tendem a ocorrer quando há administração de doses muito acima do que o corpo realmente precisa, o que é chamado de nível suprafisiológico.” 

É o mesmo princípio que diferencia a reposição hormonal equilibrada do uso indiscriminado de anabolizantes. Enquanto a primeira busca restaurar níveis naturais e saudáveis, a segunda empurra o organismo para um território de risco. 


Por que tanto interesse nos implantes hormonais?


A gestrinona ganhou fama como “implante da beleza” por seus efeitos colaterais de ganho de massa magra e redução de gordura, que lembram os anabolizantes. Mas vale ressaltar: esse não é o objetivo terapêutico da substância, afirma o médico. 

Quando utilizada sem real necessidade clínica, a gestrinona pode trazer mais riscos do que benefícios, indo na contramão do que muitas pacientes imaginam ao buscar o método. 


O que realmente importa saber


O episódio de Virgínia acendeu um alerta que vai além da curiosidade sobre sua voz. Ele expõe a linha tênue entre a busca estética e a saúde hormonal equilibrada. 

O médico Francisco Saracuza conclui: “Reposição ou modulação hormonal, quando bem indicada, pode transformar vidas, melhorar energia, equilibrar ciclos, reduzir sintomas incapacitantes. Mas quando usada sem acompanhamento rigoroso, pode trazer efeitos inesperados, alguns irreversíveis. O ponto não é demonizar os implantes, mas exigir mais consciência, informação e responsabilidade no uso.”


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Dr. Francisco Saracuza - CRM 192628

Reconhecido por sua atuação de destaque em saúde integrativa, Dr. Francisco Saracuza é referência no uso de implantes subcutâneos, oferecendo tratamentos modernos e eficazes para seus pacientes.

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