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  • Foto do escritorPlástica e Forma

Obesidade


Pesquisa do Ministério da Saúde pela ANS aponta um aumento de 15,5% nas taxas de sobrepeso e 41,6% nas taxas de obesidade da população que possui planos de saúde. Este número também está diretamente relacionado com o aumento na busca por cirurgias “bariátricas”, que prometem ajudar na perda de peso. Nos últimos cinco anos, o número de cirurgias realizadas no país cresceu 39%, de 72 mil em 2012 para 100 mil em 2016, segundo a SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica).

Para a nutricionista Fernanda Soares, a gastroplastia, cirurgia conhecida como “bariátrica”, é um procedimento de alto risco e com indicações bem específicas. Antes de optar por uma intervenção desse porte, a nutricionista recomenda que o paciente experimente diversos tratamentos como grupos de apoio a pessoas compulsivas, dieta, reeducação alimentar com nutricionista, atividade física acompanhada por profissional de educação física e terapia com psicólogo especializado em obesidade. Para ela, é importante ressaltar que estar cercado de profissionais sérios e capacitados podem ser o diferencial para o tratamento da obesidade. “Nem sempre blogueiros e “rábulas da saúde” são os melhores instrutores neste processo. É preciso ser exigente com sua saúde!”, reforça.

Em janeiro de 2016, as regras para cirurgia bariátrica mudaram. Ampliaram de 6 para 21 doenças com indicação cirúrgica. Pacientes com IMC superior a 35Kg/m² podem avaliar a possibilidade de realizar a cirurgia.

Para o empresário Alexandre Knoploch (31), que enfrentou durante toda a sua adolescência a obesidade e chegou ao grau II, decidiu recorrer à cirurgia bariátrica, após indicação médica. "Mesmo sendo totalmente contra corpos ideais, temos que aceitar as pessoas como elas são", explica Alexandre. O empresário revela que, após a cirurgia, nem tudo são flores e encontrou dificuldades durante o processo de recuperação, até que conseguiu chegar ao peso recomendado pelos especialistas de 90 kg para seus 1,83 cm. Após chegar no peso recomendado, contou com ajuda psicológica e nutricional para saber manter o equilíbrio na alimentação diária, que precisa de acompanhamento constante.

Alexandre acredita que um dos maiores problemas enfrentados durante o período que era considerado obeso é a gordofobia. "O problema não é só ser obeso e sim a discriminação. Cada vez mais pessoas estão se aceitando como elas são e a sociedade como um todo precisa respeitá-las. Em decorrência do sobrepeso, é possível adquirir outros problemas de saúde como hipertensão, diabetes e lombalgia. A cirurgia bariátrica é um tratamento eficaz e para manter o resultado é imprescindível o acompanhamento médico especializado. O governo também precisa adotar medidas preventivas contra a obesidade, incluir uma dieta com alto valor nutricional nas merendas escolares, realizar campanhas que possam combater a gordofobia e criar políticas multidisciplinares para ajudar no tratamento dos obesos”, finaliza.

A nutricionista Fernanda Soares explica que depois que o paciente realiza a gastroplastia deve realizar consultas periódicas ao nutricionista, para que seu cardápio seja sempre atualizado, visando a manutenção da saúde. Ao mesmo tempo, é solicitado um acompanhamento com exames bioquímicos do sangue para avaliar as deficiências nutricionais. É muito comum a suplementação pós cirúrgica, visto que a absorção de nutrientes fica prejudicada devido a retirada de parte do trato digestivo. E em muitos casos o paciente acaba emagrecendo muito ou engordando de novo.

“A maioria dos pacientes não se dá conta que dormirá com um ‘estômago de obeso’ e acordará com um ‘estômago de recém-nascido’. Essa modificação é fisiológica e não acompanha o lado emocional. Então, muitos sofrem por não conseguirem mais ingerir a quantidade de alimentos de antes e também pelas limitações que a própria dieta impõe durante o tratamento. O acompanhamento psicológico irá auxiliar no processo de aceitação da nova condição e consequentemente na adesão ao novo hábito alimentar”, conclui a nutricionista.

Fernanda Machado Soares – www.fernandamachadosoares.com.br

-Nutricionista Clínica ((FASE-RJ)

-Pós Graduada em Bioquímica Ortomocular (FAPES-SP)

-Pós Graduada em Fitoterapia Funcional (VP- SP)

-Professora do Curso de Pós Graduação em Nutrição Clínica da Faculdade Arthur Sá Earp em Petrópolis (RJ)

-Responsável pelo desenvolvimento do Primeiro Chocolate Saciante (patente requerida no INPI).

-Responsável pela criação da linha de Refeições Congeladas Ortomoleculares Frozen Spa.

-Palestrante em Congressos Nacionais e Internacionais de Estética.


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