AW-16872985522
top of page

Canetas emagrecedoras e a ilusão do atalho.

  • Foto do escritor: Plástica e Forma
    Plástica e Forma
  • 5 de out.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 14 de out.


ree

CAROL BORBA


Nos últimos meses, o uso das chamadas “canetas emagrecedoras” se tornou um fenômeno global. O recente anúncio da atleta Serena Williams como embaixadora de uma marca americana reacendeu o debate sobre o tema, especialmente pelo impacto que celebridades têm na percepção pública de saúde e estética.


Esses medicamentos — geralmente à base de semaglutida ou tirzepatida, substâncias originalmente desenvolvidas para o tratamento do diabetes tipo 2

— atuam na regulação do apetite e controle da glicemia. Estudos clínicos demonstram que eles podem auxiliar na perda de peso em casos específicos, principalmente em pacientes com obesidade severa ou comorbidades associadas. Nesses contextos, quando prescritos por um médico e acompanhados de um plano alimentar e atividade física, podem representar um avanço importante no controle do peso e na redução de riscos cardiovasculares.


O problema surge quando o uso sai do contexto clínico e se transforma em tendência estética. O Brasil já figura entre os países com maior consumo desses medicamentos fora das indicações médicas, e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) têm alertado para o aumento do uso indiscriminado, a automedicação e a falta de acompanhamento profissional. Esse movimento cria a falsa ideia de que existe uma solução rápida para o emagrecimento, o que não é verdade.


Emagrecer de forma saudável continua sendo resultado de mudança de comportamento e ambiente, de reeducação alimentar e da inserção do movimento no cotidiano.


Nenhum medicamento, isoladamente, é capaz de promover uma transformação duradoura se não houver um trabalho consistente de autocuidado e consciência corporal.


Mais do que um alerta sobre remédios, o momento pede uma reflexão sobre a forma como enxergamos o corpo e a saúde. Em vez de buscar atalhos, precisamos valorizar os processos sustentáveis — porque não existe injeção de estilo de vida, mas sim escolhas diárias que constroem bem-estar real.


CAROL BORBA - @carolborba1

Comentários


bottom of page